O desembargador do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4), Rogério Favreto, já está sendo alvo de
intimidações nas redes sociais. Favreto concedeu
neste domingo (8) um habeas corpus ao ex-presidente Lula e deu prazo para que a
Polícia Federal solte o petista, preso há mais de dois meses em Curitiba. O
prazo já venceu e Lula segue encarcerado de maneira ilegal.
Pelo Twitter, o jornalista e
professor da Universidade de São Paulo, Claudio Tognolli, divulgou um número
que seria o do celular de Favreto. Inúmeros internautas responderam ao tuíte do
jornalista pedindo uma posição das autoridades pois, se o número for
verdadeiro, sua divulgação poderia ser interpretada como tentativa de
intimidação.
Quem também convocou seus seguidores
a se rebelarem contra o desembargador foi o general da reserva Paulo Chagas.
Também pelo Twitter, o militar postou: “O nome dele é Rogério Favreto, é um desembargador
petralha, está de plantão no TRF4. Será fácil encontra-lo para manifestar-lhe,
com a veemência cabível, a nossa opinião sobre ele e sua irresponsabilidade.
Ele é mais um apaixonado pelo ladrão maior. Conversem com ele!!”.
As postagens sugerem tentativa de intimidação.
Observem:
GAUCHADA!!!!!
O nome dele é Rogério Favreto, é um desembargador petralha, está de plantão no
TRF4. Será fácil encontra-lo para manifestar-lhe, com a veemência cabível, a
nossa opinião sobre ele e sua irresponsabilidade. Ele é + um apaixonado pelo
ladrão maior.
Conversem com ele!!
General Paulo Chagas
Chefe do
Departamento de Jornalismo da USP repudia atitude de professor que divulgou
celular de Favreto
Da Redação
Após acatar o pedido de habeas
corpus apresentado em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no
domingo (8), o desembargador Rogério Favreto teve seu número de celular
divulgado nas redes sociais. Por conta disso, passou a ser alvo de
intimidações. Em seu perfil pessoal no Twitter, o jornalista e professor da
Universidade de São Paulo (USP), Claudio Tognolli, divulgou o contato do
desembargador. Repreendido por outros usuários, acabou deletando a postagem.
Após a divulgação do caso pela Revista
Fórum, o jornalista Dennis de Oliveira, chefe do Departamento de
Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São
Paulo (ECA-USP), se posicionou através de uma nota enviada para o veículo.
Nela, afirma repudiar e não concordar com a atitude do professor. “Acredito que
o debate político e jurídico não pode ser feito a partir dessas tentativas de
criar linchamento de pessoas. Esse não é o jornalismo que ensinamos na ECA”,
declara.
Em 2016, atitudes de
Tognolli também foram alvo de repúdio, dessa vez das mulheres do Coletivo
Feminista da ECA. Em uma entrevista, o professor teria inferiorizado a
jornalista Helen Braun com comentários machistas, além de ter minimizado o
protesto ‘Por Todas Elas’, organizado para combater a cultura do estupro. “A
atuação de Claudio Tognolli como docente da ECA já é conhecida há anos por sua
mediocridade. Chega. Não toleraremos mais seu comportamento desrespeitoso para
conosco. Sua falta de empatia e postura agressiva não são novidade para nós”, escreveram
as alunas e ex-alunas do curso de Jornalismo da ECA/USP.
Confira a nota na íntegra:
“Eu, Dennis de Oliveira, chefe do Departamento de Jornalismo
e Editoração, jornalista, não concordo e repudio essa publicação do celular do
desembargador na rede social. Acredito que o debate político e jurídico não
pode ser feito a partir dessas tentativas de criar linchamento de pessoas. Esse
não é o jornalismo que ensinamos na ECA e essa postura não corresponde à visão
do curso de jornalismo da USP que temos implementado”.
https://www.sul21.com.br/ta-na-rede/2018/07/chefe-do-departamento-de-jornalismo-da-usp-repudia-atitude-de-professor-que-divulgou-celular-de-favreto/
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