segunda-feira, 16 de julho de 2018

PATRIMÔNIOS VIVOS DE PERNAMBUCO ABRILHANTAM O FIG 2018



 foto Marcelo Soares

            Representantes dos saberes e fazeres mais genuínos da cultura do Estado, os Patrimônios Vivos de Pernambuco também marcarão presença expressiva no 28º Festival de Inverno de Garanhuns. Ao todo, serão oito nomes que se apresentarão em diferentes polos do evento, sendo eles Índia Morena, Bacamarteiros do Cabo, Reisado Inhanhum, Homem da Meia-Noite, Caboclinho 7 Flexas, Banda Curica e os Maestros Ademir Araújo e Duda.

           Por se tratar de expressões artísticas de diferentes regiões do Estado e cujas atividades, muitas vezes, estão associadas a períodos festivos específicos, a participação dos Patrimônios Vivos no FIG é sempre uma oportunidade imperdível de vivenciar em um só lugar mais um pouco da cultura que esses nomes têm a oferecer para o público. “As pessoas reclamam muito que o Homem da Meia-Noite não aparece, que é muito misterioso, mas tem algumas ocasiões em que ele surge e essa é uma delas. O FIG é para matar um pouquinho da saudade, porque já faz cinco meses desde a folia e ele só sai de novo no próximo Carnaval”, comentou Luiz Adolfo, presidente do Homem da Meia-Noite, que irá encerrar a programação do Palco de Cultura Popular, no sábado do dia 28 de julho.

foto -  Jan Ribeiro

          Na ocasião, o calunga mais famoso de Olinda desfilará pelo centro de Garanhuns acompanhado pela orquestra do Maestro Carlos e passistas da Cia Brasil por Dança. Outra atração que também promoverá um cortejo no polo da Cultura Popular serão os Bacamarteiros do Cabo, que se apresentarão na quarta-feira, dia 26 de julho. “É um momento pra gente divulgar o nosso trabalho e interagir com outros grupos presentes. Isso enriquece o imaginário de todo mundo, principalmente dos brincantes”, observa o capitão de Bacamarte, Ivan Marinho, ao adiantar que a coreografia inclui a jornada de tiros, dividida entre o tiro individual, a girândola (sequência de tiros) e o vira-cocho, acompanhada pela banda de pífanos Camarçal.

        Pela primeira vez no FIG como Patrimônio Vivo, o Reisado Inhanhum, que recebeu o título em 2017, reforça a programação do Palco de Cultura Popular trazendo novidades no sábado (28). “Nunca tivemos figurino e, dessa vez, a gente vai estrear um figurino na apresentação. Vamos levar também novos instrumentos, como a zabumba e cabaças. O Reisado é composto basicamente por mulheres idosas e sempre houve uma resistência para incluir crianças, mas, desta vez, também haverá crianças, o que simboliza nossa preocupação com o repasse da tradição. Nossa organização melhorou”, apontou Ana Lúcia Rodrigues, que é a atual presidente do grupo. Segundo a brincante, o grupo busca resgatar todos os artifícios que já possuiu e perdeu ao longo do tempo.



        Trazendo à tona a luta das mulheres negras em sua apresentação, o Reisado criado na comunidade quilombola de Inhanhum conta com músicas, cantos e danças que celebram a história de Jesus dos Santos Reis e é um exemplo do sincretismo e da diversidade religiosa que sobe aos palcos do FIG. Tanto é que, no mesmo polo em que o grupo celebra a tradição católica, também se apresenta o Caboclinho 7 Flexastrazendo um pouco da cultura da Jurema para o Centro de Garanhuns, no sábado de 21 de julho.

PRAÇA DA PALAVRA



      No dia 25 de julho (quarta-feira), será a vez de Índia Morena compartilhar parte da memória do circo pernambucana. A artista lançará o livro “Drama Circenses”, que resgata enredos e bastidores de produções teatrais do gênero que dá título à publicação encenadas por companhias pernambucanas. “A louca do jardim”, “O segredo do mordomo” e “Lágrimas de Mãe” são algumas das obras resgatadas por Índia Morena, que participará de um bate-papo com Jorge Clésio, na ocasião.

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