sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

GARANHUNS: GOVERNO MUNICIPAL NEGA USO ILEGAL DE R$ 23 MILHÕES DO FUNDEB




         O Vereador Tonho de Belo do Cal (PSDB) acompanhado do Assessor Parlamentar da Vereadora Betânia Monteiro (PTB),  Sr. Luiz Roldão,  protocolou denúncia no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre suposto uso irregular de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), por parte do Governo de Garanhuns.

        De acordo com o denunciante, que foi recebido no MP pelo promotor Domingos Sávio, R$ 23 milhões de Reais, provenientes do FUNDEB teriam sido utilizados pelo Governo de Garanhuns em atividades não relacionadas com a educação. Tonho  afirmou que baseou sua denúncia em uma auditoria do Tribunal de Contas de Pernambuco. Segundo o vereador, o montante total de R$ 6 milhões de reais  teria sido utilizado para o envio do duodécimo da Câmara de Vereadores, em 2015. Além de procurar o Ministério Público, o Vereador que integra a Oposição, garantiu que já está se articulando para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara. A denúncia deve ser encaminhada pelo Ministério Público de Pernambuco, (MPPE) ao Ministério Público Federal (MPF), já que se tratam de recursos oriundos do Governo Federal.
         Em resposta a denúncia do Vereador Tonho de Belo do Cal, a Prefeitura Municipal de Garanhuns emitiu uma Nota registrando que as acusações são infundadas e que “recebe com surpresa a notícia que o vereador Tonho de Belo do Cal requer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em relação ao relatório prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, o qual tem como objeto o recebimento de recursos oriundos de precatório judicial do antigo Fundef”. Ainda segundo a Municipalidade, “o relatório prévio é apenas encontrado em auditoria, e ainda sequer foi oportunizado o exercício do contraditório e ampla defesa aos interessados”.

         A Nota da Prefeitura registra que “dos valores recebidos, foram descontados pela União Federal a quantia devida à Receita Federal, o que já demonstra que a União entendia que o montante recebido pelo Município não possuía vinculação com a educação”. O Governo de Garanhuns ainda ressalta que “os comprovantes de gastos destes recursos em obras e serviços públicos foram juntados aos autos, demonstrando que até aquele momento o entendimento que prevalecia era o que já tinha sido expedido em consultas de Tribunais”.

           Em relação a informação repassada pelo Vereador de que R$ 6 dos R$ 23 milhões foram usados para repassar o duodécimo a Câmara Municipal, a Prefeitura registra que não há “relação de gastos com o recurso em discussão”, já que o Relatório do TCE registra “apenas um demonstrativo dos valores repassados ao Poder Legislativo”.

          A nota assinada pela Procuradoria Municipal ainda sugere que o vereador Tonho de Belo do Cal não conhece o trâmite dos procedimentos do Tribunal de Contas: “eis que (Tonho de Belo) deve saber diferenciar relatório prévio (o qual não foi ainda possibilitado o contraditório e ampla defesa) de julgamento realizado pelas Câmaras do Órgão Julgador”, e que a Prefeitura lamenta “a propagação dessas informações por falta de conhecimento do representante do Legislativo, o que poderia ser evitado com um pouco de cautela e conhecimento do documento que está incluso no processo”, pontua a nota distribuída pelo Governo de Garanhuns à Imprensa.

Informações dos Blog do Gidi Santos, Blog do Carlos Eugênio e da Secretaria de Comunicação Social do Governo Municipal de Garanhuns.

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