O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar (PE),
afirmou, nesta quinta-feira (14), que envidará todos os esforços necessários
para derrubar a Medida Provisória 905/2019. O texto institui o Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo.
Para o parlamentar, a proposta encaminhada pelo Governo
Federal tem muitos problemas, pois cria uma minirreforma na qual precariza
significativamente as relações trabalhistas em desfavor do trabalhador. São
questões que incluem, por exemplo, a redução da multa do FGTS a 20%, além de
prever o repouso semanal remunerado fora do domingo para comerciários e
bancários – o que já havia sido retirado da medida provisória da liberdade
econômica –, além de aumentar a carga horária do bancário para 8 horas
diárias, bem como fragilizar a atuação do Ministério Público do Trabalho. “Os
pontos que são alterados pela MP afetam direitos importantes para todos os
trabalhadores, mas sobremaneira para o segmento que a Medida visa
supostamente proteger, que é a juventude. O jovem já chega ao mercado como um
trabalhador de segunda classe, com menos direitos”, afirmou.
Adicionalmente, a proposição cria cenário de profunda
desvantagem para aqueles que já estão no mercado de trabalho, pois estes se
tornarão mais “caros” para o empregador. Este fato poderá levar a uma onda de
demissões em busca de mão de obra mais barata. “A mística da reforma
trabalhista como indutora da criação de milhões de empregos não funcionou”,
lembra o deputado.
JORNALISTAS - Tadeu lembra que a Medida Provisória
traz ainda uma aberração, ao revogar a necessidade de registro profissional
para a atuação em diversas atividades profissionais, entre elas, o
jornalismo. “De forma oportunista, em mais um ataque à imprensa brasileira,
Bolsonaro revoga artigos do Decreto-Lei 972/1969 que estabelecem a
obrigatoriedade de registro para atuação profissional de 14 profissões, entre
elas, a de jornalista. É mais uma demonstração da postura autoritária contra
quem não se curva aos seus interesses ou não compartilha da sua visão de
mundo”, declarou
O socialista afirmou que, entre as medidas a serem tomadas,
irá buscar formas de impulsionar a tramitação da PEC 206/2012, de autoria do
ex-senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). A proposta retoma a
obrigatoriedade de diploma de curso superior para o exercício da profissão de
jornalista. O texto já foi aprovado no Senado Federal e está parado na Câmara
dos Deputados há sete anos.
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Gustavo Sousa
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sábado, 16 de novembro de 2019
POLITICA - TADEU ALENCAR DEFENDE DERRUBADA DA MP QUE RETIRA DIREITOS DO TRABALHADOR E ATACA JORNALISTAS
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