Garanhuns viveu um dia atípico, nesta quarta-feira, por conta do jogo
entre Pesqueira e Náutico, no Gigante do Agreste. Sem contar com um time
que represente o município na série A do certame estadual, a cidade
voltou à elite do futebol pernambucano indiretamente, através de um
clube de outro lugar, por sinal com menos da metade da nossa população.
Os garanhuenses sentiram, ontem à noite, o gostinho de participar dessa
festa do futebol. Depois das 19h, quando o movimento diminui na maioria
das ruas e bairros da cidade, parecia que estávamos em clima de festival
de inverno. Carros e mais carros pela São Miguel e outras ruas da Boa
Vista, o mesmo se repetindo no Mundaú, na Brasília e principalmente nas
avenidas Santo Antônio e Rui Barbosa. Na Duque de Caxias e ruas que
levam ao Indiano, então, o fluxo era ainda maior.
Na entrada do estádio do Sete o clima era de animação, até de euforia,
assim podemos nos expressar. Mais de um morador da cidade comentou a
movimentação "em todos os recantos da cidade", alguns chegando a
questionar: "Não poderia ser sempre assim?"
Um bom público presente nos estádio, a maioria dos pesqueirenses e
garanhuenses torcendo pelo time do interior. O Náutico começou bem e o
Pesqueira atemorizado. Parecia que ia ser uma vitória fácil de um clube
grande contra um pequeno. Ledo engano.
O timbu só jogou 10 ou 15 minutos, alguns jogadores apresentaram mais
pose do que futebol e o Pesqueira começou a dominar a partida. O Náutico
teve algumas chances que não soube aproveitar e a equipe do interior
foi precisa, no primeiro e segundo tempo colocou a bola nas redes.
Quando ninguém mais acreditava em reação dos alvirrubros ela veio, em
jogadas de qualidade de dois jogadores menos ruins do Náutico: Élton e
Rogério. Este último empatou com um golaço, de bicicleta.
Futebol, como dizia o saudoso comentarista esportivo pernambucano José
Santana é "uma caixinha de surpresas". Depois da bonita, rápida e
surpreendente reação do Timbu, com o empate "sacramentado", no
finalzinho o Pesqueira chegou à vitória.
O goleiro Felipe, que já foi titular no Santos de Neymar, voltou a fazer
das suas. Deixou de encaixar nos braços um bola fácil, dessas que
qualquer menino de pelada pega e facilitou a vida do adversário, que
saiu do Gigante do Agreste comemorando o triunfo.
Na verdade o resultado - justo - foi o que menos importou. Bom mesmo foi
ver Garanhuns com uma boa movimentação no meio de semana. Foi esta
volta à primeira divisão. Mesmo com um time emprestado da terra dos
índios Xucurus.
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